Famílias e Relacionamentos

domingo, 28 de novembro de 2021

 

Instruções Práticas Sobre Interpretação de Textos Bíblicos

Parte 2 – Final

Em se tratando de interpretações textuais, temos muito a considerar, por exemplo, uma verdade não deixa de ser verdade por está sendo dita por um mentiroso, e claro que temos que considerar o hábito de mentir de quem está supostamente dizendo tal verdade. Da mesma forma, uma mentira não deixa de ser mentira por está sendo dita por quem aparentemente, e digo “aparentemente”, pois uma pessoa pode estar enganada sem saber; por quem é correto, de bom caráter, ou seja, por quem não é mentiroso, ela, a mentira, continuará sendo uma mentira, embora só possa existir, diante de uma verdade, já esta, a verdade, ela existe por si só, por sua condição de realidade e existência.

 

Aqui temos que considerar e entender outra coisa, que a verdade, apesar de só poder ser propagada através de alguém, mas ela por si mesma não precisa de ninguém para existir, ela existe por si só, e claro que se considerarmos que naturalmente falando, a mentira só passa a existir, em função de um fato, situação ou algo existente, sendo e tendo esta uma distorção da condição existente, ou seja, da verdade e existência que a envolve. Considerando isto, a posteriori, só há possibilidade de existência de uma mentira, em função da distorção de uma verdade, ou seja, é necessário da atuação de alguém para que ela, a mentira exista, pois necessariamente esta condição só poderá existir com a distorção da verdade e para tal, há necessariamente que alguém perverta a verdade, mas esta sim, pela natureza de sua realidade e condição de existência, por si só, existe enquanto verdade, e neste sentido, até a própria mentira para existir convém a existência da verdade, que é naturalmente por sua natureza precípua; principal e natural daquilo que existe, mesmo que não se possa facilmente provar... Um bom exemplo disso é o pensamento. Sabemos que pensamos, e portanto, por causa de nossa existência como seres racionais, podemos afirmar tal condição e podemos afirmar esta verdade de forma racional, assertiva e inquestionável. Descartes coloca esta situação ou condição, da seguinte forma, ou seja, para Descartes, que protagonizou a eterna frase: “Penso, logo existo”... ele coloca a razão humana como única forma de existência, neste sentido, Descartes entendeu que ao duvidar, ele estava pensando, e por estar pensando, necessariamente ele existia. Para descarte, ele só não poderia duvidar da própria dúvida, pois não fazia sentido algum e neste sentido e contexto, deduziu sua existência de forma que não haveria controvérsias na afirmativa...

 

Ainda neste contexto, Antoine Léonard Thomas (1732-1785), poeta e crítico literário francês, na Académie Française, em um ensaio premiado de 1765 em louvor a René Descartes, reformulou o enunciado da seguinte forma: "Puisque je doute, je pense; puisque je pense, j'existe" ("Já que eu duvido, eu acho; já que eu penso, eu existo").

 

Bom, o que tiramos desta afirmativa e em relação a nosso assunto em questão, “Interpretação Textual” ou, “Práticas Interpretativas”, é que, para se sustentar uma verdade, só precisamos provar que a mesma existe e pela racionalidade, pois ela por si só se reafirma, já uma mentira necessariamente só poderá existir com a distorção de uma realidade e ou verdade!

 

A frase formulada por Descartes, que virou um ícone: “Penso, logo existo”, marca o pensamento Iluminista, onde a razão humana é a única forma de existência... Descartes categórica e sabiamente entendeu que ao duvidar, estava pensando, e por estar pensando, consequentemente, ele existia.

 

René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático, e assim considerado o fundador da filosofia moderna, em sua busca pelo “verdadeiro conhecimento”, àquele conceito absoluto e irrefutável da verdade, e neste sentido, ele passou a duvidar de tudo, inclusive de sua própria existência, até se deparar com sua dúvida reveladora, daí concluiu que sua existência poderia ser provado em sua própria dúvida, desta forma ele concluiu e seus pensamentos se constituiu no que passou a ser a frase primordial de seu pensamento em relação a existência: “Penso, logo existo”, e isto é irrefutável e inquestionável, isto de acordo com seus pensamentos e fica implícito pela condição da verdade sobre o assunto em questão, a existência...

 

Outra coisa a considerarmos aqui, é justamente as questões de falácias, ou seja, a pessoa pode estar enganada no que defende, e aqui entra em cena as questões cognitivas e volitivas, ou seja, os enganos; os engodos e as decisões que tomados passeados justamente nestes engodos e ou em uma verdade. Da mesma forma temos que considerar as questões sofistas, ou seja, as pessoas ou alguém, pode ter verdadeiramente a intenção de enganar, de ludibriar para poder atingir algum objetivo, seja este qual for, e aqui é que entra em cena determinadas ideologias.

 

Aqui é bom salientarmos também, que de acordo com Platão em sua dialética, é possível a concepção de algo ou de algum conceito em dois ou mais, os quais geralmente contrários e complementares, a exemplo de, ideias e ou pensamentos: bons e ruins; seres humanos: homens e mulheres; tempo: passado, presente e futuro. É justamente neste contexto que entra em cena a lógica em relação a algum conceito, na verdade, a lógica está implícita, quando consideramos que temos que definir algo ou o próprio conceito em si; e este algo pode ser dividido em dois ou mais conceitos, em geral contrários ou complementares, que se definem em toda sua extensão de conhecimento, a exemplo de animal: vertebrado e invertebrado; preto/branco; sol/lua, etc.

 

Aqui temos mais uma consideração a fazer. Diferentemente do que alguns pensam, e ainda hoje, os modelos de análises argumentativas não é um acordo entre interlocutores, como sugere indiretamente Habermas, e isto fica claro em seu conceito de “Ética do Discurso”, em que ao fundamentar-se na teoria da “Ação Comunicativa” racional e intersubjetiva e que quando na escolha de valores deixa de fora a razão, mas em função de uma suposta razão comunicativa entre sujeitos que cooperam entre si em busca da verdade, e que supostamente utiliza-se de normas racionais e validáveis, mas ele mesmo, Habermas, menospreza por completo a razão, e neste sentido, quando se tira a razão de um processo comunicativo, questões cognitivas sérias passam a existir, ou seja, não apenas a interpretação, mas o entendimento passa a ser comprometido. Vejam o que Habermas diz em relação a razão:

 

A razão é calculadora. Ela pode avaliar verdades de fato e relações matemáticas e nada mais. No âmbito da prática, só pode falar de meios. Sobre os fins, ela tem que se calar.”
Habermas (Consciência Moral e Agir Comunicativo, 1989, Págs. 61-62).

 

Neste sentido, o “toma lá dá cá” fica implícito, quando a razão dar lugar a uma suposta razão comunicativa entre sujeitos, mas que na verdade, a própria verdade fica comprometida em função de um simples acordo. Ora, um acordo supõe deixar de lado alguns direitos para que se obtenha um final de questão, conduta ou discussão, o que não necessariamente quer dizer que a verdade seja ou tenha sido considerada a ponto de fazer a mesma prevalecer. Um exemplo prático e simples neste sentido, vemos no Direito, por exemplo, quando em uma ação jurídica, para que não se prolongue mais a ação se faz um acordo, mas para que se tenha um, alguém ou ambas as partes terão que abrir mão de algum direito e mesmo que ambos abram mão em função de uma rápida solução, a verdade é que alguém ou ambos abriram mão de alguns de seus direitos e está é uma nova realidade e neste sentido se constitui em uma nova verdade, mas não essencialmente falando, pois a essência, diz respeito aos direitos negados, caso não fosse, não haveria uma ação judicial, portanto, neste sentido, a verdade não deixou de existir ou de se transformar em outra verdade simplesmente, mas a verdade primária foi deixada de lado, para que fosse construída uma nova verdade, que em relação à primeira é subjetiva, portanto, não é absoluta como a primeira em toda sua existência e consequentemente em toda sua essência...

 

Neste sentido, Perelman diz que há uma relação estreita entre a qualidade dos espectadores e a qualidade da argumentação; e isto é lógico, pois a forma como vemos ou entendemos algo, depende e muito do grau de instrução de quem participa ou assiste a uma retórica. Ainda neste sentido, Aristóteles pensa um tanto quanto diferente, para ele, quanto mais científico for um discurso, mais ele afasta-se da retórica, exceto quando direcionado aos princípios de uma disciplina... o que de certa forma é controverso o pensamento de Aristóteles, mas não necessariamente, pois há divergências de opiniões em diversas áreas científicas, embora em alguns casos, não há como discordar da ciência, o que prevalece o pensamento de Aristóteles...

 

Neste contexto, de acordo com o entendimento da Dra. Maysa de Pádua; Doutora em Linguística e Língua Portuguesa - PUC-MINAS. Pós-doutoranda na Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP., a argumentação existe, mas desde que o discurso não seja reduzida a um cálculo; o que contraria sabiamente a teoria de Habermas pelo menosprezo que a mesma dá a razão. Bom, ainda de acordo com Perelman, em se tratando de algo específico, especializado, principalmente ao tratar de questões Científicas, de Direito ou Religiosas, ou até mesmo de determinadas ideologias, é imprescindível que se conheça toda a essência destas áreas, as aspirações que de alguma forma compôs as mesmas, as regras existentes, dentre outras implicações mais... (Perelman, 1987).

 

Ao considerarmos tudo isto, concluímos que as questões interpretativas vai além de se defender uma verdade, mas de lidarmos com a perversão e ou distorção da mesma no sentido de se tentar a todo custo defender uma suposta verdade, onde na verdade, uma ideologia escusa, com interesses escusos e geralmente nocivos a toda uma sociedade. E neste sentido, não apenas as falácias, mas os sofismas entram em cena como forma de argumentar para se conseguir atingir determinados objetivos, e aqui é onde mora todo o problema, principalmente em se tratando de questões Bíblicas.

 

Referências:

 

René Descartes. Discours de la Méthode / "O Discurso do Método", 1637, Leiden, Holanda


The Edinburgh Review for July, 1890 … October, 1890 . Leonard

 

Bohemia, Princess Elisabeth of; Descartes, René (2007-11-01


Descartes . University of Chicago Press. ISBN 978-0-226-20444

 

Cardoso, Flora Rocha. A teoria das virtudes de Alasdair MacIntyre [manuscrito] / Flora Rocha Cardoso. – 2010. 142f. Orientadora: Telma de Souza Birchal, Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. 1. MacIntyre, Alasdair C. – Teses. 2. Filosofia – Teses 3. Ética moderna – Teses.4. Virtude – Teses. I. Birchal, Telma de Souza. II. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. III. Título.

 

Habermas, Jürgen. Consciência Moral e Agir Comunicativo / Jürgen Habermas; tradução de Guido A. de Almeida. – Rio de janeiro: Tempo Brasileiro, 1989. …p. (Biblioteca Tempo Universitário nº. 84. Estudos Alemães). Tradução de: Moralbewusstsein und kommunikatives Handeln. 1. Filosofia 2. Epistemologia – Ciências Sociais. I. Título II. Série. ISBN: 85-2282-0008-6, CDU 165. Ficha catalográfica elaborada pela Equipe de Pesquisa da ORDECC

 

PAULINELLI, Maysa de Pádua Teixeira. Retórica, argumentação e discurso em retrospectiva. Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 14, n. 2, maio/ago. 2014

 

Considerações a uma Ideologia! – VII

O Tolo Travestido de Intelectual

Por: Rogério Silva

19 de novembro de 2020

https://rogeriorsf.wordpress.com/2020/11/19/consideracoes-a-uma-ideologia-vii/

domingo, 10 de outubro de 2021

 

Instruções Práticas Sobre Interpretação de Textos Bíblicos

Parte 1


A interpretação de textos requer habilidade de raciocínio e uma forma de ver as coisas com e ou, de perspectivas diversas e em determinados contextos. Muitas vezes estes contextos diversos têm especificidades que devem ser vistas com novos olhos, novas perspectivas. Este fato por si só, torna tudo de alguma forma complexo, mas não incompreensível, ele é com certeza passível de compreensão!


Este artigo, não pretende esgotar o tema, seria insanidade intelectual pensar que algumas páginas pudesse esgotar quaisquer que sejam o tema, e muito menos entrar na parte mais técnica; regras gramaticais, semântica, etc., mas sim tentar mostra a complexidade que há nas coisas e nas palavras e que seus contextos são imprescindíveis, e tem a capacidade de nos fazer enxergar o que verdadeiramente estamos vendo, lendo e ou ouvindo. Mas claro que não poderíamos deixar de ver algo no sentido mais técnico!

 

A comunicação ou o processo comunicativo requer necessariamente que haja no mínimo duas pessoas envolvidas, e neste contexto, não apenas suas palavras, ideias e até mesmo gestos fazem parte do processo comunicativo, mas ambos. Mas isto não quer dizer necessariamente que isto seja imprescindível, pois de certa forma há comunicação entre um remetente e um destinatário de uma carta, quando esta chega a seu destino e é lida!

 

Este é o conceito básico, mas imprescindível que devemos entender. Justamente por isto que não há a possibilidade de que no processo exista elementos separados do mesmo. Aqui é bom considerarmos que ao expandirmos este entendimento, há comunicação entre duas pessoas através de uma carta como já falamos, mesmo sem que estejam presentes o remetente e o destinatário no momento de se ler a mesma, mas a mensagem em si, após lida pela outra parte, faz que a comunicação tenha ocorrido. Mas o porquê disto ser importante?

Ora, sendo a comunicação composta de mecanismos inseparáveis, onde existe meio começo e fim, sem contar que muitas vezes de fontes diversas ao se defender a ideia de alguém no processo comunicativo, por exemplo, e sendo assim, não se pode dizer que esta ideia partiu deste ou daquele contexto, sem que tenhamos que analisar o todo! Neste sentido, as fontes de informações são importantíssimas para que se tenha a compreensão devida do texto, de seu teor, do que ele realmente quer nos dizer. Desta forma podemos dizer que o processo comunicativo tem suas peculiaridades, suas particularidades e diversas fontes de informações que o alimenta e por isto que ele tende a ter vários significados e sentidos, conclusões que podem convergir em entendimento de todos, ou divergir de alguma forma com alguns... ou seja, a comunicação quando está sendo criada, quando está sendo praticada, seja em uma simples conversa e ou discussão, ela pode ir em diversas direções e sentido, pois cada um poderá ter perspectivas diversas sobre determinado assunto, pensamentos diferentes um dos outros...

 

Neste contexto vale lembrar que se o processo comunicativo for sobre um livro; a título, por exemplo, sobre o processo comunicativo e interpretativo, que neste caso é o que mais nos interessa, temos que levar em consideração tudo sobre o autor, o escritor do livro, suas ideias, seus pensamentos e muitas vezes suas influências, sempre que possível, pois desta forma vamos ter mais recursos intelectuais e de conhecimento para descobrirmos exatamente qual é a ideia principal de sua obra, seja esta, um livro, um artigo, um quadro, ou apenas uma frase ou fala do mesmo.

 

Interpretar um texto, requer uma leitura atenta do que se está lendo, e é imprescindível que se tenha um conhecimento prévio sobre o assunto em questão, quais os elementos principais e suas ideias sobre o mesmo, pois isto torna-se de fundamental importância para podermos determinar os objetivos e intensões contidas no texto de forma que possamos interpretá-lo correta e adequadamente. Neste contexto, o conhecimento e domínio da língua é de fundamental importância e isto só se adquire com a prática da leitura e da escrita. Desta forma, as várias histórias e ou opiniões diversas das nossas, nos coloca em contextos, ideias e pensamentos diversos e isto enriquecerá nosso conhecimento linguístico e facilitará de forma substancial nossa capacidade de compreender e interpretarmos quaisquer textos.

 

É interessante ressaltarmos aqui, que Agostinho de Hipona, ou ainda Aurélio Agostinho, tinha uma forma peculiar de interpretação alegórica. Sua forma de interpretação, nos faz lembrar das “Parábolas de Cristo”, pois ao analisarmos e ao nos aprofundarmos em suas Parábolas, conseguimos perceber o quão significativas, incisivas e profundas elas são, principalmente considerando determinados conceitos. Suas inferências, foram tão profundas, que ficaram tão arraigada na vida das pessoas, não apenas de sua época, mas até hoje, de forma que a reflexão sobre as mesmas tornava-se impossível que inexistisse, e foi justamente por isto que elas são até hoje vistas e estudadas em todo o mundo... da mesma forma, Agostinho de Hipona neste contexto nos deixou um legado promissor e de fundamental importância, tendo em vista que só entenderemos mesmo algo, depois de vermos, e logo após enxergarmos este algo e desta forma tenhamos as reais condições, ou seja, os verdadeiros meios, os meios mais adequados para que saibamos de que verdadeiramente se trata este algo, embora que incompletos ou imprecisos, apesar de os termos enxergado; mas a complexidade das coisas nos mostra que devemos ser prudentes. Para entendermos isto, basta pensarmos em o que a ciência nos diz a respeito, por exemplo, do simples ato de mastigar, quais suas funções e benefícios que este simples ato nos traz!?

Ora da reflexão!

Santo Agostinho, o Agostinho de Hipona, foi um homem que de certa forma transpassou seu tempo. Foi um retórico extraordinário, versado em artes clássicas, possuidor de grande habilidade com as palavras, fazendo com elas o que muitos de sua época não conseguiam. Com sua habilidade de articulação e com as palavras bem arquitetadas; que era natural de sua comunicação, deixava aos superficiais sempre sem argumentos. Outro fato interessante de Agostinho, é que seu conhecimento profundo, tanto em relação a filosofia; embora alguns erroneamente não o considera filósofo, quanto em relação as “Escrituras Sagradas”, que por mais hábil, conhecedor e profundo alguns fossem em sua época e em relação ao conhecimento, eles tinham dificuldades de acompanhar o entendimento e raciocínio de Agostinho, em outras palavras, a retórica de quem tentava refutar suas ideias, sempre caiam por terra, prova disto é que até hoje ele é alvo de estudos de renomados especialistas contemporâneos nosso e até hoje ele também é estudado nas melhores Universidades do mundo...

 

Santo Agostinho construiu um sistema filosófico, mesmo que não um sistema completo, mas ainda assim, um sistema de ideias básicas que de certa forma compõe a fundamentação dos pensamentos contemporâneos em vários sentidos e aspectos. Apesar de seus pensamentos está um tanto quanto fundamentado nos pensamentos de Platão, mas estão fundamentados em uma razão pautada na ética e na moral...

 

Da mesma forma, Tomás de Aquino, outro que contribuiu grandemente com a linha de pensamento contemporâneo, em seus estudos e pesquisas, tanto no campo religioso quanto acadêmico, em suas reflexões, isto de acordo com Huberto Rohden, nos diz:

 

Tomás de Aquino, depois de ter escrito quase toda a suma teológica (Summa Theologiae) e a (Summa Gentiles), teve uma visão e nela uma revelação, que depois da mesma, de acordo om alguns estudiosos, nunca mais escreveu nada, e quando foi interrogado a este respeito, de o porquê de seu silêncio, ele respondeu: "Tudo o que escrevi, é palha". É claro que nem por isto significa dizer que ele perdeu sua fé...!

 

"É que nosso cristianismo teológico foi, desde o princípio, padronizado para uma humanidade espiritualmente infantil - e estranhamente, até hoje não ultrapassou ainda esse padrão primitivo. Para certa igreja cristã, o maior teólogo é Tomás de Aquino, que codificou quase toda a teologia tradicional do ocidente; mas esse mesmo teólogo, depois de escrever a Summa Theologiae e a Summa Contra Gentiles, teve uma visão ou revelação, depois da qual nunca mais escreveu uma palavra, e, interrogado pelo motivo desse silêncio, respondeu: ‘Tudo o que escrevi é palha’"
(A Sabedoria das Parábolas' de Huberto Rohden, Martin Claret, 1ª. edição 2004. Pág. 145)

 

Percebam que apesar de suas palavras de referirem a questões teológicas, mas em suma, ele percebeu que todo seu entendimento era tão complexo que, da mesma forma que Salomão em “Eclesiastes”, sentiu-se vaidoso, como quem nunca chegasse a verdade dos fatos.


Bom, mas em que isso contribui em nosso processo comunicativo!? Simples, o raciocínio lógico utilizado nesta sua conclusão, demonstra o processo de interpretação como algo tão complexo, que não pode se prender a um única frase e ou pensamento, mas em todo um contexto diverso e muitas vezes diz respeito a várias personagens e ou contextos diversos externos, como já vimos na introdução deste artigo.

 

Tomás de Aquino escreveu inúmeras obras, nestas obras ele enfatizou a razão e a vontade humana, formulando assim, um novo pensamento filosófico cristão.

 

Entendam! Caso não tenhamos “Discernimento Espiritual”, para entendermos os textos Bíblicos, iremos interpretá-los, como queremos, sem um mínimo de responsabilidade que isto requer, e ocorrerá da mesma forma, com um simples texto em português, mesmo que isto em nada tenha a ver com as “Escrituras Sagradas”, isto é fato...

 

Além do mais, o “Discernimento Espiritual”, nos faz ser prudentes a ponto de atentarmos para as estruturas e regras gramaticais, sem as quais não iremos entender os textos que ali estão! Como por exemplo, um simples erro de português ou omissão de uma única letra, poderá mudar todo o entendimento!

 

Por exemplo!

 

Segundo e seguindo...

 

Eu tenho feito tudo segundo ele...

Eu tenho feito tudo seguindo ele...

 

Agora amados! Deixemos o fato, a questão de sermos Cristãos, um pouco de lado, para que os amados entendam, em vez de criticar!

 

Minha filha, por exemplo, esta realizando alguns dos sonhos dela, assim como meu filho, para Honra e Glória de Nosso Senhor Jesus Cristo; mas um deles é ir morar no Canadá, a minha filha, ainda a ser realizado!

Digamos que ela vá e lá ela fará outra Faculdade, outra Graduação ou Pós-Graduação e conheça um Professor(a) do qual ela admire(a), pois o mesmo é inteligente, bem sucedido e inspirador; e alguns alunos, motivados, incentivados com isto, procura também um futuro melhor, profissionalmente falando, daí procura se capacitar se Graduando ou se Pós-Graduando. Considerando isto, digamos que alguém chega para ela e diz, a respeito deste(a) professor(a):

 

Eu tenho feito tudo segundo ele...

Isto dar a entender que é sobre sua “Orientação Acadêmica”, já que estamos aqui falando de Faculdade. E realmente trata-se disto, tendo em vista que é o que se disse com esta preposição!

 

Pois de acordo com os Dicionários, temos:

 

Dicionário de Sinônimos

https://www.sinonimos.com.br/de-acordo-com/

 

Conforme:

1 conforme, segundo, como, consoante, em concordância com, em conformidade com.

Exemplo: De acordo com o que está escrito no regulamento, esse tipo de comportamento não será tolerado.

 

Dicio, Dicionário Online de Português

https://www.dicio.com.br/segundo/

 

preposição

Em conformidade com; de acordo com; conforme: segundo o juiz, o goleiro é realmente culpado.

 

Dicionário Online Priberam de Português

https://dicionario.priberam.org/segundo

 

preposição

10. Indica conformidade ou concordância com algo ou alguém (ex.: segundo as informações que recebemos, vai haver troca de ministro). = CONFORME, CONSOANTE, DE ACORDO COM

"segundo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/segundo, [consultado em 10-10-2021].

 

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa v3.0 de Jun/2009

Segundo:

preposição

1 - de acordo ou em harmonia com; conforme, consoante

Ex.: a psicanálise s. Jung

 

 

Mas se este mesmo alguém diz:

 

Eu tenho feito tudo seguindo ele...

Já aqui, deixa claro que todos os seus passos, devem ser seguidos, diferente das palavras ditas anteriormente, que se tratava de uma orientação. Aqui faz mais sentido, se considerarmos o que foi dito, que é seguindo todos os seus passos Acadêmicos, cursos, pós-graduação e principalmente; literalmente falando, ir até mesmo aos locais que ele vai, considerando aqui a questão Acadêmica, etc.

 

Ou seja, ainda, seguindo-o, a partir daquele momento! É bom salientar! Que aqui, limita-os às Graduações e Pós-Graduações que o Professor fez, já a primeira frase deixa claro que se trata de uma orientação, que poderá sim ser a respeito de suas mesmas Graduações, mas que também abrange algo a mais, que não é limitativa, como esta segunda, que se limita ao professor(a) e suas atitudes em relação alo processo acadêmico de formação!

 

Veja bem, uma coisa é um aluno seguir as orientações de um professor e ir além delas, outra coisa é ficar limitado apenas ao que o professor foi, ou conquistou!

 

Perceberam amados!


Agora vamos para as “Escrituras Sagradas”!

 

Amados! Não existe em lugar algum, nas “Escrituras Sagradas”, no Novo Testamento, “Cristo” nos dizendo: “Não terás outros deuses diante de mim”, não com todas estas letras, ou alguma delas, como está escrito em Êxodo 20:3 e Deuteronômio 5:7, 1º(primeiro) Mandamento...

 

O que vemos é o próprio “Cristo”, nos falando diretamente de alguns dos Mandamentos em, Mateus 19:18-19, Marcos 10:19 e Lucas 18:20, dentre outras passagens, assim como temos Paulo falando de alguns dos Mandamentos em, Romanos 13:9 e Tiago em, Tiago 2:11...

 

Lucas 18:20 - “Sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe”.

 

Não adulterarás: 7º Mandamento, Êxodo 20:14 e Deuteronômio 5:18;

Não matarás: 6º Mandamento, Êxodo 20:13 e Deuteronômio 5:17;

Não furtarás: 8º Mandamento, Êxodo 20:15 e Deuteronômio 5:19;

Não dirás falso testemunho: 9º Mandamento, Êxodo 20:16 e Deuteronômio 5:20;

Honra a teu pai e a tua mãe 5º Mandamento, Êxodo 20:12 e Deuteronômio 5:16;

 

Paulo:

Romanos 13:9 - “Com efeito: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”,

 

Tiago:

Tiago 2:11 - “Porque o mesmo que disse: Não matarás. Ora, se não cometes adultério, mas és homicida, te hás tornado transgressor da lei.”


Agora, pergunta! O fato de “Cristo”, não nos ter dito isto, significa dizer, que poderemos ter outros deuses diante de nós? E que ele não falou disto de alguma outra forma? Claro que não! O fato de “Cristo”, não ter abordado determinados assuntos é pelo simples fato de que já foi dito e como foi dito, deve ser seguido! É bom salientar, que aquilo que ele falou, considerando aqui o Antigo Testamento, ele procurou dar-nos o verdadeiro entendimento, muito embora muitos ainda preferem não entender, como é a questão do sábado!

 

Mas quando ele nos diz, por exemplo, em, João 14:21, falando-nos dos Mandamentos, ele esta nos dizendo, nos falando, para guardarmos seus mandamentos, que ele mesmo os determinou, desde a fundação do mundo! Assim como ele nos fala a respeito do reino que preparou para nós desde a fundação do mundo em, Mateus 25:34!

 

João 14:21 - “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele”.

Mateus 25:34 - “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”;

 

Amados! Nem tudo que e ou como estar escrito no Antigo Testamento, “Cristo” abordou exatamente da mesma forma! Não havia necessidade, pois já foi dito, e como foi dito, deve permanecer. Ele preocupou-se no que era mais importante, mudar; como por exemplo, ele nos diz que devemos amar nossos inimigos, ao invés de odiá-los, nos ensinar, nos fazer entender e praticarmos sua palavra da forma correta, para que através disto; e isto não há incoerência nenhuma, pois o próprio “Cristo” é a “Palavra Viva”, obtenhamos nossa Salvação!


Até o próximo estudo amados!

Fiquem com “DEUS”...

Rogério Silva

 

Referências:

Rohdem, Huberto. Sabedoria das Parábolas / Huberto Rohdem. Os Ensinamentos de Jesus e a Mística das Beatitudes. (Coleção a Obra-Prima de Cada Autor), texto integral, 222p., Martin Claret, 1ª. edição 2004. ISBN: 8572321543, ISBN-13: 9788572321549

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

 

Instruções Práticas Sobre Interpretação de Textos Bíblicos

Introdução

A falta de conhecimento na interpretação de textos para que se possa entender uma simples frase ou a leitura de textos diversos, além dos textos Bíblicos, é claro, tem levado a muitos equívocos e o pior, estes equívocos tem fomentado a falta de “Discernimento Espiritual” e aberto portas para que o inimigo possa agir na vida de quem não tem noção dos problemas que isto pode causar à sua vida espiritual.

Neste contexto e em diversos contextos da escrita, a cultura e a língua no processo de comunicação são fundamentais; neste sentido, há diferenças entre a língua falada e a língua escrita, pois existem diversas situações de comunicação formais ou informais que utilizamos diariamente. Entretanto, o registro da língua não pode ser feito de qualquer maneira, senão a comunicação estaria comprometida, (Marques e Magnoni, 2016). Justamente por isto que iremos ver um pouco sobre interpretações de uma forma específica, fácil e principalmente também relacionadas as “Escrituras Sagradas”. Neste contexto não iremos nos aprofundar muito em questões técnicas da gramática e muito menos de interpretação de textos, não é este o objetivo, mas sim, sermos práticos em relação a interpretação e utilização destas normas e ou regras gramaticais, de forma que venhamos a ter uma facilidade em no mínimo, buscar meios para o entendimento mais assertivo em relação a interpretação das “Escrituras Sagradas”; que é o que nos interessa, este é nosso intuito.

Sabemos que quando não há sequer um mínimo de responsabilidade neste sentido, as distorções em relação às interpretações dos textos Bíblicos, nos faz cometer sérios erros diante de “DEUS” e não apenas em questões doutrinárias, mas em tudo que diz respeito ao entendimento das "Escrituras sagradas"!

 

Justamente por isto que nosso foco aqui é a prática, portanto, não iremos entrar em questões profundas das técnicas de interpretação e gramática, embora veremos um pouco...

 

Um dos motivos das más interpretações geralmente ocorrem em virtude de não situarmos o texto em seu contexto, embora existe outros fatores que contribuem para isto, da mesma forma, por não conhecermos o mínimo sequer da nossa língua portuguesa, como veremos mais adiante, a exemplo de uma simples palavra, ou ainda a extensão de seu significado linguístico ou um simples texto; agora, imaginem isto em relação as “Escrituras Sagradas”.

 

Vamos começar dando um pequeno exemplo:

Atentem para a seguinte frase, pronunciada por uma pessoa: “agora sim, eu sei exatamente de que se trata”.

O que esta frase nos diz!?

Com certeza ela nos deixa claro que trata-se de uma pessoa que por algum motivo não estava vendo ou entendendo algo, mas que depois de lhe ter acontecido algo, seja este algo, uma explicação e a partir daí este alguém passou a entender; uma luz acessa, de forma a clarear determinado lugar e esta pessoa passou a enxergar melhor, ou por alguma coisa ter sido descoberto, portanto, possibilitou esta mesma pessoa enxergar o que estava coberto. Percebam que existem algumas possibilidades e as mesmas só serão avaliadas de forma a que tenhamos uma visão geral, isto porque não nos foi apresentado um contexto mais específico que nos levasse a entender a situação como ela realmente é. Nesta visão geral o que temos de concreto é, que antes alguém não via ou entendia algo, mas que agora, depois que alguma coisa aconteceu, a pessoa em questão, passou a “entender ou ver claramente”, pois agora ela sabe do que se trata... percebam que por não nos ter sido apresentado um contexto, não foi possível que entendêssemos exatamente de que se trata a frase.

 

Agora veja:

Vamos agora criar um contexto, um cenário para ver se podemos discernir melhor de que se trata; é uma possibilidade!

 

Para tal, imagine o seguinte: você está em um cybercafé e sem ter intenção; por estarem próximas, você escuta uma conversa entre duas pessoas, elas também estão tomando café e uma delas, depois de pronunciar a frase acima em questão, diz: “mas tem um gosto horrível!” e toma um gole de algo que parece mesmo ser café, enquanto isso, a outra diz: “verdade, mas faz bem à saúde”...

 

Neste sentido, agora já mais contextualizado, sabemos que as pessoas envolvidas na conversa, estavam falando de algo que era “bom para a saúde”, portanto, agora sabemos que, ou era algo natural e saudável, ou uma medicação e que a mesma tinha “um gosto horrível”, isso é o que sabemos até agora, pois em  momento algum eles deram a entender que tratava-se do café que tomavam, e isto era incoerente, tendo em vista que o café, não é lá tão saudável assim. Mas percebam que ainda não sabemos exatamente de que se trata...

Bom, como nosso objetivo aqui é apenas mostrar o quanto é difícil muitas vezes em determinadas circunstâncias entendemos ou sabermos exatamente o que quer dizer algo, não iremos continuar com a história, como disse: “nosso objetivo é apenas mostrar o quanto precisamos contextualizar algo para podermos entendê-lo melhor”, sem contar, que é imprescindível que se conheça o mínimo possível de nossa língua portuguesa, mas de forma a que saibamos por exemplo, que uma palavra pode ter vários significados e que o contexto a qual ela está inserido nos diz exatamente o que ela realmente representa e que desta forma, torna tudo muito mais compreensível, mesmo que algumas vezes, ainda assim, não tenhamos o suficiente para podermos entender a situação como ela realmente é, como no caso proposto no cybercafé.

 

Neste caso em questão, foi proposital criar um contexto que apesar de nos dar mais informações, mas ainda assim, não podemos afirmar com certeza do que eles estão exatamente falando, se, de uma “medicação” ou de “algo natural”; seja este algo vegetal ou animal... na verdade, só surgiram mais dúvidas que respostas.

 

É preciso que saibamos que o “Discernimento Espiritual”, nos faz ser prudentes a ponto de atentarmos para as estruturas e regras gramaticais, sem as quais não iremos entender os textos que ali estão! Como por exemplo, um simples erro de português ou omissão de uma única letra, a ordem em que as palavras são pronunciadas podem mudar todo o entendimento, isto porque este fato muda tudo, muda todo o sentido das mesmas, sem contar que o contexto em que as mesmas foram utilizadas são imprescindíveis para o entendimento. Há ainda àquelas questões dúbias, como palavras e ou frases utilizadas que não nos esclarece pelo simples fato de terem sidos ditas!

 

Por exemplo:

Há quem fale do Inglês!

Que Inglês!?

A língua inglesa ou alguém de cidadania inglesa!?

 

Vejam por exemplo:

Segundo e seguindo...

 

Eu tenho feito tudo segundo ele...

Eu tenho feito tudo seguindo ele...

 

Agora amados, deixemos o fato de sermos Cristãos, um pouco de lado, para que os amados entendam!

 

Minha filha, por exemplo, esta realizando alguns dos sonhos dela, assim como meu filho, para Honra e Glória de Nosso Senhor Jesus Cristo; mas um deles, o da menina, até alguns anos atrás, era o de ir morar no Canadá!

 

Digamos que ela vá e lá ela fará outra Faculdade, outra Graduação ou Pós-Graduação e conheça um Professor(a) do qual ela admire(a), pois o mesmo é inteligente, bem sucedido e inspirador; e alguns alunos, motivados, incentivados com isto, procuram também um futuro melhor, profissionalmente falando, daí procura se capacitar, fazendo outra Graduação ou fazendo Pós-Graduação, Mestrado ou Doutorado. Considerando isto, digamos que alguém chega para ela e diz, a respeito deste(a) professor(a):

 

Eu tenho feito tudo segundo ele... (Ou seja, de acordo com suas orientações)

Isto dar a entender que é sobre sua “Orientação Acadêmica”, já que estamos aqui falando, de Faculdade. E realmente trata-se disto, tendo em vista que é o que se disse!

 

Pois de acordo com os Dicionários, temos:

 

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa v3.0 de Jun/2009:

Segundo:

- preposição

1 - de acordo ou em harmonia com; conforme, consoante

Ex.: a psicanálise s. Jung

- conjunção

2 - introduz oração subordinada, indicando conformidade:

2.1 - como, conforme

Ex.: s. a meteorologia, choverá no fim de semana

2.2 - ao passo que, à medida que

Ex.: recolhia os testes s. os alunos iam terminando

 

Grande Dicionário Universal da Língua Portuguesa Ed. de Luxo:

Segundo:

(do Lat. secundu)

- numeral ordinal

O que numa série se segue ao primeiro;

- adjectivo

Secundário; indirecto; inferior; novo; outro; que se faz outra vez;

- figurativo

Rival, semelhante;

- substantivo masculino

Sexagésima parte do minuto e do grau; auxiliar ou assistente do jogador de boxe;

- preposição

Consoante; conforme;

- advérbio

Em segundo lugar;

 

 

Mas perceba que se este mesmo alguém diz:

 

Eu tenho feito tudo seguindo ele...

Já aqui, deixa claro que todos os seus passos, devem ser seguidos, diferente das palavras ditas anteriormente, que se tratava de uma orientação. Aqui faz mais sentido, se considerarmos o que foi dito, que é seguindo todos os seus passos Acadêmicos, cursos, pós-graduação e principalmente, literalmente falando, ir até mesmo aos locais que ele vai, considerando aqui a questão Acadêmica, etc.

 

Em outras palavras:

Segundo ele, diz respeito às suas “Orientações Acadêmicas”, limitando-se a estas orientações;

Seguindo ele, diz respeito a seguir seus passos, independente de sua “Orientação Acadêmica”, mesmo que essa possa também ser considerada; todos os cursos em questão, etc.

 

Ou seja, ainda, seguindo-o, a partir daquele momento. É bom salientar que aqui, limita-os às Graduações e Pós-Graduações que o Professor fez, já a primeira frase deixa claro que se trata de uma orientação, que também poderá sim ser a respeito de suas Graduações, mas que também abrange algo a mais, que não é limitativa, restritivas à vida Acadêmica do professor, como esta segunda!

 

Vejam este outro exemplo:

Mário Quintana é um grande homem (importante, famoso, de reputação ilibada e intelecto nobre, subst.);

Mário Quintana é um homem grande (alto, de grande estatura, adj.).

 

Perceberam que a posição da palavra “grande” em relação ao sujeito, pode ser classificada como adjetivo de dois gêneros (indicando corpulência, tamanho, ou alguém de grande influência, de certa forma, de talentos intelectuais de alto padrão, etc.) e ou simplesmente como um substantivo (indicando, que ele é alguém intelectual, uma pessoa de influência e poder, por ter condição social ou política elevada).

 

Agora vamos para as “Escrituras Sagradas”!

 

Atentem, não existe em lugar nenhum, nas “Escrituras Sagradas”, no Novo Testamento, “Cristo” nos dizendo: “Não terás outros deuses diante de mim”, não com todas estas letras, ou seja, exatamente como elas foram ditas, ou alguma delas, como está escrito em Êxodo 20:3 e Deuteronômio 5:7, 1º Mandamento... o que não significa dizer que o mandamento deixou de existir ou que o mesmo deve ser desconsiderado, muito pelo contrário, aquilo que Cristo não falou, permanece exatamente com está!

 

O que vemos é o próprio “Cristo”, nos falando diretamente de alguns dos Mandamentos em, Mateus 19:18-19, Marcos 10:19 e Lucas 18:20, dentre outras passagens, assim como temos Paulo falando de alguns dos Mandamentos em, Romanos 13:9 e Tiago em, Tiago 2:11...

 

Lucas 10:27 - "Respondeu-lhe ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.";

Lucas 18:20 - “Sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe”.

 

Não adulterarás (7º Mandamento): Êxodo 20:14 e Deuteronômio 5:18;

Não matarás (6º Mandamento): Êxodo 20:13 e Deuteronômio 5:17;

Não furtarás (8º Mandamento): Êxodo 20:15 e Deuteronômio 5:19;

Não dirás falso testemunho (9º Mandamento): Êxodo 20:16 e Deuteronômio 5:20;

Honra a teu pai e a tua mãe (5º Mandamento): Êxodo 20:12 e Deuteronômio 5:16;

 

Paulo:

Romanos 13:9 - “Com efeito: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”,


Tiago:

Tiago 2:11 - “Porque o mesmo que disse: Não matarás. Ora, se não cometes adultério, mas és homicida, te hás tornado transgressor da lei.

 

Agora, pergunta: O fato de “Cristo”, não nos ter dito isto, exatamente como nos foi dito no passado, significa dizer, que poderemos ter outros deuses diante de nós? E que ele não falou disto de alguma outra forma? Claro que não! O fato de “Cristo”, não ter abordado determinados assuntos é pelo simples fato de que já foi dito no passado e como foi dito, deve ser seguido! É bom salientar, que temos que considerar que o assunto com certeza foi abordado de forma e em contexto diferente do dito pela primeira vez, e que aquilo que ele falou, considerando aqui o Antigo Testamento, ele procurou dar-nos o verdadeiro entendimento, muito embora muitos ainda preferem não entender, como é a questão do sábado e do dízimo, este último por exemplo, tem sido motivo da queda de muitos, isto por o mesmo ter perdido na prática, seu sentido!

 

Mas quando ele nos diz, por exemplo, em, João 14:21, falando-nos dos Mandamentos, ele está nos dizendo, nos orientando, para guardarmos seus mandamentos, que ele mesmo os determinou, desde a fundação do mundo! Assim como ele nos fala a respeito do reino que preparou para nós desde a fundação do mundo em, Mateus 25:34...

 

João 14:21 - “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele”; 

Mateus 25:34 - “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”...

 

Entendam, nem tudo e como está escrito no Antigo Testamento, “Cristo” abordou exatamente da mesma forma; não havia necessidade, pois já foi dito. Ele preocupou-se no que era mais importante, explicar e muitas vezes mudar; como por exemplo, ele nos diz que devemos amar nossos inimigos, ao invés de odiá-los, como era entendimentos no passado por causa da lei do “Talião” (Olho por olho, dente por dente); sem contar que a “Lei do Talião” era usada por justiça e não por vingança, e Cristo nos ensina à entender e praticarmos sua palavra da forma correta, para que através disto; e isto não há incoerência nenhuma, pois o próprio “Cristo” é a “Palavra Viva”, obtenhamos nossa Salvação!

 

Lembrem-se do que "DEUS" nos disse:

 

Êxodo 23:22 - "Mas se, na verdade, ouvires a sua voz, e fizeres tudo o que eu disser, então serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários."

 

Um abraço amados e até o próximo artigo!

 

Rogério Silva

 

Referências:

Linguagens e seus Códigos: língua portuguesa e língua inglesa / Antônio Francisco Marques... [et al.], organizadores. – [2ª. ed.] – São Paulo : Cultura Acadêmica, 2016. 240p.: il. - (Cadernos dos cursinhos pré-universitários da Unesp; 1) Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-7983-820-0. 1. Língua portuguesa (Ensino médio). 2. Literatura. 3. Língua inglesa – Estudo e ensino. 4. Universidades e faculdades - |Vestibular. I. Marques, Antônio Francisco. II. Magnoni, Maria da Graça Mello. III. Scheel, Márcio. VI. Zacarias, Regiani Aparecida Santos. V. Marques, Sandra Mari Kaneko. VI. Série CDD 407.

 

Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesas

Versão monousuário 3.0 - junho de 2009

Copyright © 2001..2009 Instituto Antônio Houaiss

Produzido e distribuído por Editora Objetiva Ltda.

 

Grande Dicionário Universal da Língua Portuguesa

Texto Editora, Ed. de LUXO. Colaboração: Verbalis – Computação e Linguagem Lda. www.TE.pt, www.universal.TE.pt, www.educacao.TE.pt

 

Bíblia Sagrada v3.8.0

Copyright (c) 2002 - 2021 Rksoft Softwares

Versão Revisada de João Ferreira de Almeida

 

Bíblia Comentada Por Versículo

Versão Almeida CF (Corrigida e Fiel) 1753

© All Rights Reserved. Skinpress Demo

Powered by WordPress | Theme by Website hosting report