Os porquês, que “DEUS” nem sempre atende nossas
Orações!
Part. 2-3
Amy sofria de nevralgia, uma doença dos nervos que
deixava seu corpo fraco e com dores e muitas vezes a mantinha de cama por
várias semanas. Mas mesmo debilitada ela ainda continuava de alguma forma com
sua Missão!
Amy, muitas vezes, mesmo acamada, por estar muito
debilitada, orava a “DEUS”, para que as pessoas da Índia aprendessem sobre o
amor de Jesus, e suas orações tiveram tanto êxito, que sua história é lembrada até
hoje, por muitos.
A cultura na Índia permitia que crianças fossem
doadas para os templos hindus para trabalharem como escravas. Algumas famílias
também abandonavam bebês meninas por causa da sua pobreza e por não terem meios
de sustentá-las. Os meninos eram mais valiosos que as meninas, uma vez que
podiam trabalhar para ganhar dinheiro para sua família. Os pais também tinham
que pagar um dote para a família do marido das filhas que casavam, o que era
difícil para as famílias pobres.)
O trabalho de Amy consistiu em resgatar essas
crianças que haviam sido dedicadas a esses templos. Certa vez parecia que Amy
seria realmente presa e mandada para uma cadeia indiana acusada de sequestro;
ela teria que cumprir uma pena de sete anos. Mas Amy não foi para a prisão.
Chegou um telegrama dizendo. “Caso criminal encerrado”. Nunca foram dadas
explicações, mas aqueles que conheciam Deus suspeitaram que ele, “DEUS” havia
interferido na decisão e de fato foi.
Durante a vida de Amy, mais de mil crianças foram
salvas de negligência e abuso. Aqueles que haviam sido resgatados por ela, a
conheciam como “Amma”, o que significa “mãe” em Tâmil. Seu trabalho era
frequentemente perigoso e esgotante, mas ela nunca esqueceu a promessa do
Senhor de protegê-la e os que estavam aos seus cuidados, conf. Atos 27:20-26.
Amy foi uma inspiração para todas as denominações
no Reino Unido. Seus 35 livros descrevendo seus trinta e cinco anos na Índia,
fizeram dela uma das missionárias mais queridas de todos os tempos. Seu caráter
era a chave de seu sucesso para a evangelização mundial. “Tinha um caráter mais
semelhante a Cristo que já encontrei”, afirmou Sherwood Eddy, estadista. Ainda
afirmou: “… sua vida foi a mais fragrante, a mais jubilosamente sacrificial,
que já conheci…”.
Segundo consta em sua Biografia, Amy Carmichael,
quando criança não entendia porque no meio de uma família onde, todos tinham os
olhos azuis, ela tinha nascido com os olhos castanhos, somente mais a frente em
sua vida, foi compreender os desígnios de Deus. Uma bela historia para
aprendermos a ter fé em Deus, e coragem para enfrentarmos nossas dificuldades e
desafios da vida.
Adaptado
por: Rogério Silva
Fontes de pesquisas:
- Extraído e editado de
uma mensagem ministrada numa conferência do Comitê Nacional de Oração da
América em janeiro de 2007 no Texas, EUA.
- SBernardelli em 01/08/2010
Reeditado em 13/05/2015
Reeditado em 13/05/2015
O
Paralelo e Analogias Bíblicas!
Amados! Agora vamos ao paralelo e analogias Bíblicas com a
vida de José, Filho de Jacó, usaremos sua vida como referência, pois na vida de
José, “DEUS” nos mostra que apesar de suas atitudes permissivas, ou seja, de
ele ter nos dado o livre arbítrio, portanto, em função de nossas atitudes, ou
apesar delas, ele estar no controle de todas as coisas; apesar de nossas
atitudes, que muitas vezes, são insanas! Lembrem-se! Apesar de “DEUS”, estar no
controle de todas as coisas, ele não interfere em nossas decisões e isto, tem
consequências, boas ou más, de acordo com as decisões que tomamos. Mas, amados!
Lembram-se daquele ditado popular, propagado por muitos, principalmente no meio
Evangélico, que diz assim: “Quando ‘DEUS’ manda, até o diabo obedece”, pois é,
amados, é verdadeiro!
Amados! Percebam que, José foi vendido
pelos irmãos, conf. Gên. 37:28,
portanto este foi seu primeiro cativeiro, a primeira prisão, depois era escravo
daqueles que o compraram, portanto, mais uma vez escravo e prisioneiro! E outra
vez, foi vendido a Potifar, oficial de Faraó e capitão de sua guarda, conf. Gên. 37:36; 39:1 e em Gên. 39:20,
ele foi mais uma vez lançado na prisão em, um cativeiro agora físico, mas vemos
que, no verso 23, nos deixa claro que “DEUS” era com ele em tudo quanto fazia!
Vemos ainda que, ele já era prisioneiro de Potifar, apesar de certas regalias,
mas era um escravo, embora com privilégios, Graças a “DEUS” e suas atitudes
diante dele, mas que mesmo assim tornou-se mais uma vez prisioneiro, ou seja,
um prisioneiro, prisioneiro, pois já era um, mas que agora estava encarcerado,
apesar de já ser prisioneiro! Foi uma prisão dentro da outra!
As “Escrituras Sagradas” nos mostra que
José, era o mais querido por Jacó, entre seus irmãos, conf. Gên. 37:3, ora! Com certeza, isto não era do agrado do
Senhor, primeiro porque, “DEUS”, nunca fez acepção de pessoas e nunca fará e
muito menos de um filho(a) e segundo que, entre seus filhos, não havia esta
atitude por parte de “DEUS”, veja que quando “DEUS”, rejeita a alguém é porque
este alguém, não é seu filho, mas apenas sua criatura, ou seja, foi criado por
“DEUS”, mas não se constituiu em seu filho, conf.
1 Jo. 3:1-3, 10; 3 Jo. 1:4 e em contraponto, mas corroborando, Heb. 12:5-8; 1
Ped. 1:14; 2 Ped. 2:14, ver ainda, Rom. 9:6...
Ah! Antes que se questionem, “DEUS”
rejeita sim àqueles a qual não se dispõe a serem seus servos, a obedecerem as
suas palavras! Conf. 1 Sam. 16:7;
Heb. 12:5-8; Mat. 24:50-51, 25:32-33, 34, 41...
Sabemos que, por causa de algumas
atitudes e ou comportamentos de um, ou outro filho(a), que o pai ou a mãe,
identificam-se mais com ele(a), muitas vezes por ser mais responsável, como era
o caso de José, além se ser o filho de sua velhice, por ser mais carinhoso, ou
que tenha alguma característica sua, que os faça lembrar-lhes de algo e que,
desta forma se identifiquem mais com ele(a); mas que devemos tomar cuidado,
para não fazermos diferenças entre os mesmos!
Amados! Ao fazermos um estudo minucioso sobre a vida
de José iremos tirar muitos aprendizados da mesma, percebam que de acordo com
os conceitos mundanos, José era um fofoqueiro, assim como a Cloé e sua família,
já vimos sobre ela em outro estudo! Pois de acordo com as “Escrituras Sagradas”, por ela estar sobre a Autoridade Espiritual de
Paulo, falou-lhe de alguns que se encontravam em contendas, assim como José,
que seu pai Jacó o punha, para de certa forma, investigar sobre as atitudes de
seus irmãos, pois Israel; como fora depois, assim chamado Jacó, por “DEUS”,
sabia, pois conhecia os filhos que tinha e ao José chegar lá, não os encontrou
apascentando o rebanho, como temia seu pai, conf. Jó 17:12; Is.
5:20; Mal. 2:17; Am. 6:12; Lev. 27:10!...
Amados! Só um adendo, pois já falei sobre isto em outros estudos e ainda
falarei mais! A fofoca se constitui, em alguém propagar uma conversa, história,
seja esta verdade ou não, mas que o intuito é de apenas propagar, mesmo que,
sem a intenção de prejudicar, portanto, são os propósitos quem a conceitua; mas
que muitas vezes o próprio teor da conversa é danoso e se a intenção for mesmo
de prejudicar, temos aí um agravante. Outra coisa! Quando há a intenção de
corrigir, exortar ou ainda orientar, mesmo que este algo propagado seja
mentira, mas não se constitui em uma fofoca, pois os propósitos são de corrigir
e não propagar algo prejudicial. Pois fofoca é tudo aquilo que é feito “sem” o
intuito de corrigir, reprender, consertar. Lembrem-se! Quando não há a intenção
de fazer o que é correto diante de “DEUS”, ou seja, quando não existir esta
intenção em nossas atitudes, qualquer coisa desta natureza, passa a ser uma
fofoca.
1 Coríntios 1: 11 - “Pois a respeito de vós, irmãos meus, fui informado pelos da família
de Cloé que há contendas entre vós.”
Gênesis 37:12-17 - “Ora, foram seus irmãos apascentar o rebanho de seu
pai, em Siquém. - 13 Disse, pois, Israel a José: Não apascentam teus irmãos o
rebanho em Siquém? Vem, e enviar-te-ei a eles. Respondeu-lhe José: Eis-me aqui.
- 14 Disse-lhe Israel: Vai, vê se vão bem teus irmãos, e o rebanho; e traze-me
resposta. Assim o enviou do vale de Hebrom; e José foi a Siquém. - 15 E um
homem encontrou a José, que andava errante pelo campo, e perguntou-lhe: Que
procuras? - 16 Respondeu ele: Estou procurando meus irmãos; dize-me, peço-te,
onde apascentam eles o rebanho. - 17 Disse o homem: Foram-se daqui; pois
ouvi-lhes dizer: Vamos a Dotã. José, pois, seguiu seus irmãos, e os achou em
Dotã.”
Amados! A
parte da história de José, que nos importa, aqui neste caso, estar relatado a
partir de Gênesis 42, José já Governador do Egito, quando ele se revela para
seus irmãos, vejam o relato!
Gênesis 45:4-8
- “José disse mais a seus irmãos: Chegai-vos a mim, peço-vos. E eles se chegaram.
Então ele prosseguiu: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito.
- 5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos aborreçais por me haverdes
vendido para cá; porque para preservar vida é que Deus me enviou adiante de
vós. - 6 Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos
em que não haverá lavoura nem sega. - 7 Deus enviou-me adiante de vós, para
conservar-vos descendência na terra, e para guardar-vos em vida por um grande
livramento. - 8 Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que
me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como
governador sobre toda a terra do Egito.”.
Perceberam
amados! Que quando “DEUS” manda até o diabo obedece, e tem mais, ele tem que
fazer um trabalho bem feito! Pois é para “DEUS”, para quem ele esta fazendo e
não para qualquer um!
Percebam
ainda, que não só o sonho de José se realizou, mas que aconteceu de uma forma
maravilhosa, grandiosa para salvar toda uma nação, a nação de Israel!
Amados! Não
importa o que ou de que forma as coisas estão acontecendo em nossas vidas, se
estamos em comunhão com “DEUS”, ele é por nós, não importa o que o inimigo quer
fazer-nos acreditar, “DEUS”, vai sempre estar de nosso lado, ele sempre vai
estar conosco e nos dar livramento! Conf.
Núm. 23:19; Rom. 3:4...
Vejam amados
que para conservar a vida, “DEUS”, permitiu que o mau que existia nos corações
dos irmãos de José, se elevassem em ódio, assim como fez a faraó, como nos diz
em Romanos 9:17!
Percebam
amados! Que, este fato, apesar de não ter sido ceifada vidas, mas que, por si
só, já esclarece a maioria dos “Cristãos”, que um policial, por exemplo, tem a
autoridade que lhe foi conferida pelo Estado, para poder tirar uma vida, se ele
achar que esta vida, esta colocando muitas outras em risco de morte; mas que
tem sim, respaldo Bíblico, o Senhor nos diz que, toda autoridade foi
estabelecida por “DEUS”, conf. 1 Ped.
2:13; Rom. 13:3! Existem ainda, muitas outras passagens que poderíamos abordar
aqui, mas este não é o momento! Sei que é duro dizer isto e sei que muitos
“Cristãos” não conseguem entender, principalmente depois que nos veio a Graça, mas
acontece que, a “Dispensação da Graça”, assim como muitos entendem a respeito
da “Lei” e da “Graça Divina”, não nos isenta de responsabilidades, seja esta,
social e ou religiosa, espiritual; e que por não entenderem, questionam, como
pode um Cristão pensar assim! Amados! Não podemos acrescentar nada ao que
Cristo determinou, mas aquilo que ele não abordou, fica como esta no Antigo Testamento,
assim também como, não podemos retirar nada!
Vejam!
De
acordo com o Comentário Bíblico Esperança - Novo Testamento, Sobre Mateus 22:15-22, págs,
241/242, vejam partes do comentário.
“Por isso, podemos captar
para nós hoje como resultado dessa controvérsia o seguinte: A primeira
pergunta, a única realmente importante, é “se damos a Deus o que lhe compete”,
i. é, se o reconhecemos como o Senhor que se revelou a nós em Cristo, se todo o
nosso agir está sob o sinal de que o mundo caminha para o seu fim, que a
decisão já foi tomada. – A segunda pergunta é se e como esse nosso
reconhecimento do reinado de Deus se torna visível em nosso comportamento na
terra, nas ordens deste mundo. Devem ficar evidenciadas duas coisas: Primeiro, que saibamos que,
nas decisões deste mundo, trata-se sempre de questões provisórias e
passageiras, nas quais jamais prendemos nosso coração. Em segundo lugar, porém,
igualmente deve ficar claro nas nossas decisões que as tomamos diante da face
de Deus, ou seja, em responsabilidade diante da instância suprema, uma
instância de cuja existência o mundo sequer tem conhecimento. Dessa maneira o
nosso modo de agir será carregado sempre com menos paixão e maior
responsabilidade que a dos que não são cristãos.”
Vejam amados!
Que aqui, o comentarista ressalta a responsabilidade diante de “DEUS”, ou seja,
que nossos propósitos, não sejam carregados de paixão, movidos por emoções;
pois esta nos desvia da realidade, da verdade que nos cerca, nosso coração é
enganoso, mas que sim, movidos sempre pela razão! Conf. Rom. 12:1, 10:1-2; 1 Ped. 2:2; Jer. 17:9...
Ah! Antes que esqueça, permaneçam acompanhando meus
estudos, pois em alguns deles, eu abordo a questão das emoções, onde “Cristo”,
orientando seus Apóstolos e Discípulos, a não se deixarem levar pelas emoções,
que elas não tomem conta de seus corações e consequentemente, de suas vidas!
Vejam ainda,
este outro comentário!
De acordo com o Comentário Bíblico Novo Testamento
Interpretado Versículo por Versículo de Russell Norman Champlin, Vol. 3, Mateus a
Marcos, sobre Mateus 22:21, em sua Pág. 532, lemos:
22:21: Responderam: De César. Então lhes
disse: Dai, pois, a César o que é do César, e a Deus o que é de Deus.
“«Responderam:
De César». Júlio Cèsar foi o primeiro imperador romano a ordenar a cunhagem de
moedas com sua efigie, e depois dele Otávio e Tibério seguiram o seu exemplo.
«Dai,
pois...». A resposta de Jesus reconheceu o principio de que a aceitação de
moedas dos imperadores era uma admissão de sua soberania «de facto». Mas as
palavras que se seguem - ...e a Deus o que é de Deus»—ensinam que tal admissão
não significa admissão de qualquer lealdade menor a Deus. A primeira
admissão não interfere com o serviço mais elevado que se deve prestar ao grande
Rei. De fato, é ideia de Jesus (posteriormente desenvolvida por Paulo no
décimo terceiro capitulo de Romanos) que a obediência a governantes terrenos é,
ao mesmo tempo, obediência a Deus, tal como o serviço prestado à humanidade é,
ao mesmo tempo, serviço prestado a Deus. (Ver Mat. 25:40). Os governos
terrenos surgiram por instituição divina. A resposta, naturalmente, deve
ter deixado indignados os representantes dos fariseus, porque ela revelava
claramente a opinião politica geral de Jesus, que era definidamente contra o
nacionalismo radical, ao mesmo tempo que mostrou, de uma vez por todas, que
Jesus não tomaria parte em qualquer revolta violenta para libertar Israel do domínio
estrangeiro. A moeda provava que César era governador de, facto mas não
necessariamente «de jure» (isto é, por direito de lei ética ou politica). César
impunha o seu domínio pela força, e isso não podia ser considerado como
«legal», do ponto de vista político ou ético, pelos judeus nacionalistas comuns.
Por conseguinte, Jesus deixou entendido que a independência nacional não era o
bem final, e que o patriotismo não combate necessariamente em favor de um valor
ou virtude final. Os valores e as virtudes e os bens que podem ser
considerados «finais», ou seja, pertencentes à ordem mais elevada possível, são
as virtudes, valores e bens que só podem ser encontrados em Deus, na adoração e
no serviço a ele e na conformação segundo a imagem de seu Filho. Esses alvos
podem ser seguidos sem qualquer atividade política. Essa ideia era defendida por Jesus em comum com os profetas judaicos.
Jesus não ensinou nem deixou, subentendido que o «reino de Deus» significava a
restauração à independência israelita do domínio romano, embora isso é o que o
povo comumente entendesse ao ouvir a designação reino de Deus. Jesus não
tratava como necessariamente distintas as questões «seculares» e as
«religiosas», porquanto é bem provável que para Jesus não houvesse tal
coisa como questões seculares. Aquilo que se convencionou chamar de
secular em realidade faz parte do quadro completo da atividade humana, que
deveria estar inteiramente centralizada em tomo das considerações de Deus, das
coisas espirituais, da busca espiritual. Jesus, no entanto, avaliava em graus
diversos as diferentes atividades dentro da conduta da vida humana. As questões
do pagamento de tributo, da independência politica, etc., simplesmente não eram
importantes para Jesus, pelo menos quando parecia óbvio ao povo que somente uma
revolução sangrenta poderia alterar- a situação. Jesus deixava-se conduzir por
ideias acerca do reino de Deus, que consiste da influência de Deus entre os
homens, dos valores verdadeiramente espirituais e do destino final das almas.
A
resposta de Jesus foi sábia e caso tivesse sido ouvida, a destruição de
Jerusalém, que ocorreu no ano 70 D.C., teria sido evitada, como também teria
sido evitada a destruição posterior e ainda mais devastadora imposta por
Adriano, alguns anos depois. Jesus nos ensina aqui diretamente a separação
entre Igreja e estado, como muitos comentadores têm pensado, pois esse conceito
seria inteiramente estranho para qualquer judeu, mas ensinou um tipo de
separação de obrigações, estabelecendo prioridades. A questão realmente
importante é espiritual. A obediência ao estado também é uma exigência
espiritual, embora se situe em escalões menos importantes. Porém, embora
menos importante, deve ser cumprida honestamente, sem esquivas. Essa
passagem inteira tem provocado muitas discussões sobre as relações entre as
responsabilidades religiosas e civis, problema esse mais amplamente examinado
nas notas introdutórias a esta secção, no “vs. décimo quinto deste mesmo capítulo”*1, onde o leitor deve consultar as notas para obter detalhes maiores.”
*1Mateus 22:15 - Então os fariseus se retiraram e
consultaram entre si como o apanhariam em alguma palavra;
“Mui
provavelmente a atitude de Jesus se assemelhava à de muitas das autoridades
religiosas dos judeus de seu tempo. O mais certo é que ele sempre tivesse
mantido o ponto de vista mais estrito possível sobre a monarquia absoluta de
Deus neste mundo, sem jamais ter dividido claramente o mundo em duas partes
distintas; uma religiosa (para Deus), e outra política (para César). Isso
teria obrigado os discípulos do reino a viverem uma existência dualista,
algumas vezes para Deus e outras vezes para César. Nâo obstante, é necessário obedecer às autoridades (até mesmo as
autoridades romanas), e com isso concorda a corrente principal do ensino
rabinico. Muitas autoridades religiosas, dos dias de Jesus, eram
pacifistas que não queriam imiscuir-se(tomar parte em, dar opinião
sobre (algo) que não lhe diz respeito; intrometer-se, interferir, ligar-se
intimamente; confundir-se, misturar-se) nas questões políticas. Jesus parece
ter compartilhado dessa disposição, pois o fato que a pergunta sobre o tributo
lhe tenha sido apresentada por diversas vezes sugere que os seus pontos de
vista políticos não eram bem conhecidos, ou mesmo não eram conhecidos de maneira
geral. Mas pode haver exceções acerca dessa obediência, conforme foi expresso
por Israel Abrahams; «Pois embora assim preparados a obedecerem a Roma, sendo
leais a todos os seus legítimos regulamentos, não poderia haver transigência(transigir,
conciliação, contemporização, condescendência, tolerância) quando
César infringisse a esfera que pertencia exclusivamente a Deus» (Studies in
Pharisaism and the Gospels, primeiro sermão, pág. 64). Isso se assemelha à
atitude que os cristãos primitivos apresentaram: «Então Pedro e os demais
apóstolos afirmaram; Antes importa obedecer a Deus do que aos homens» (Atos 5.29).
Tanto
para as autoridades religiosas de Israel como para os cristãos primitivos,
geralmente era difícil encontrar solução para os problemas da obediência a Deus
ou a César, porquanto o governo romano nem sempre se mostrava simpático,
provocando muitas dificuldades de consciência. Algumas vezes surgiam mesmo
divisões de opinião entre as autoridades religiosas, sobre o que se deveria
fazer em determinados casos. Os crentes tiveram de enfrentar os mesmos
problemas, especialmente durante tempos de perseguição. Não obstante, permanece de pé a regra geral. Posto que a
consciência é o guia em todos os casos, os crentes devem prestar lealdade às
autoridades civis. O pagamento de impostos era apenas uma questão, e
Jesus se pronunciou de modo definido em favor disso. Esta instância,
todavia, é expandida a fim de incluir outros tipos de «obediência», conforme é
indicado pela declaração geral do vs. 21; «Dai, pois, a César o que é de César,
e a Deus o que é de Deus».
Na
história judaica nota-se que muitos se ressentiam da necessidade de pagar
impostos a Roma, e por mais de uma vez rebentaram revoltas justamente sobre
essa questão. Muitos judeus argumentavam que não era necessário nem desejável
tal imposto, visto que em realidade viviam sob uma «teocracia1».
Alguns procuraram pôr Jesus em posições embaraçosas ante as autoridades civis,
insistindo que ele lhes desse resposta sobre a questão. Se tivesse respondido
que deveriam pagar impostos, ele teria deixado indignada boa parte da população
contra ele. E se sua resposta fosse negativa, cairia em dificuldades perante as
autoridades civis romanas. Como sempre, Jesus não se esquivou, não retrocedeu e
nem deu uma resposta de sentido dúbio. Simplesmente expressou a sua convicção.
Sim, deviam ser pagos os tributos. Essa declaração talvez tenha sido um dos
fatores que fez as multidões finalmente se voltarem contra ele, tendo-o
rejeitado totalmente.
Jesus
não tinha simpatia pelo nacionalismo radical, e é importante observarmos que
ele não considerava isso como questão muito importante. Não queria que o seu
evangelho estivesse associado ao derramamento de sangue que qualquer espécie de
levante armado teria causado. Jesus se interessava, primariamente, e quase
inteiramente, pelas correntes íntimas que são impostas pelo pecado. Roma acabou
sucumbindo. Deus tem sua maneira de tratar com as nações, e os laços externos e
políticos flutuam. Mas essa prisão intima está sempre bem presente entre os
homens. Aquele que é libertado pelo
Filho, fica realmente liberto. Ele veio a fim de livrar-nos da servidão interna.
«Retirando-se
os fariseus...». (Quanto a notas sobre os «fariseus», ver Marc. 3:6; sobre os
principais sacerdotes, ver Marc. 11:27; sobre os «escribas», ver Marc. 3:22;
sobre os «saduceus», ver Mat. 22:23; sobre o «sinédrio», ver Mat. 22:23; sobre
os «herodianos», ver Marc. 3:6; sobre os «essênios», ver Luc. 1:80 e Mat. 3:1;
e sobre a comunidade de Qumran, ver Mat. 3:1).
«Consultaram
entre si». Essa expressão é usada somente aqui, no N.T. É similar à expressão
latina “consilum capere”, como em Mat. 12:14. O verbo significa «armar
armadilha», e procede do substantivo grego «pagis», que significa armadilha.
(Ver usos na Septuaginta LXX2, em I Reis 28:9; Ecl. 9:12; Testamento
dos Doze Patriarcas, José 7:1). As autoridades religiosas planejaram pôr uma
armadilha diante de Jesus, tal como faria um caçador que quisesse apanhar um
animal feroz ou um pássaro.
MARCOS
12:13 (o paralelo desse relato) dá-nos a ideia de que o plano foi traçado pelo
sinédrio, que enviara representantes do grupo dos fariseus, os quais vieram
acompanhados por representantes dos herodianos. O trecho de Mat. 21:46 revela
outro plano do sinédrio para silenciar a Jesus; mas, nesse caso, mediante a
violência física. Por essa altura dos acontecimentos as coisas haviam piorado
muito, e somente o aparente apoio do povo impedia as autoridades de já terem
crucificado a Jesus. Ao enfraquecer-se esse apoio popular, Jesus não podia mais
aproveitar-se dessa espécie de proteção; daí por diante, conforme também estava
escrito a seu respeito, ele passou a ser um sacrifício para os mentores de uma
religião falsa e radical. A essa altura eles desejavam apanhar Jesus numa
armadilha com alguma «palavra», isto é, mediante perguntas astutamente feitas:
o mais provável é que quisessem provocar Jesus a atirar-se a debater algum
assunto controvertido, tal como esta questão que envolvia o pagamento de
impostos aos romanos, o que era questão delicada para todo o Israel, incluindo
as suas autoridades religiosas, que estavam divididas em torno do problema.”
1sistema de governo em que o poder político se encontra
fundamentado no poder religioso, pela encarnação da divindade no governante,
como no Egito dos faraós, ou por sua escolha direta, como nas monarquias
absolutas, o Estado que tem essa forma de governo
2designação por que é conhecida a mais antiga tradução em
grego do texto hebreu do Antigo Testamento, feita para uso da comunidade de
judeus do Egito no final do séc. III a.C. e no II a.C.; teria sido realizada
por 72 tradutores, donde o nome (por simplificação: LXX, em latim) inicial ger. maiúsc.
Percebam
amados! Que, mais uma vez aqui, o comentarista destaca que de acordo com o
histórico, a cultura e literaturas da época, “Cristo” em momento algum, nos
eximiu de nossas responsabilidades terrenas, muito pelo contrário, apenas nos
orientou que ela fosse tratada com responsabilidades e propósitos estritamente
Divinos e longe das emoções!
Amados! Quero
destacar ainda, que segundo o Historiador francês, Jacques Duquesne; apesar de
não gostar em nada, da forma como ele aborda à “Cristo”, mas não podemos
simplesmente descartar a tudo, conf.
1 Tes. 5:21, pois seus estudos e pesquisas, de alguma forma, nos mostra
detalhes interessantes que de certa forma, corrobora com os demais
historiadores contemporâneos. Segundo ele, existiram alguns fatores
fundamentais que contribuíram para a morte de “Cristo”. Sabemos que ele veio ao
mundo com este propósito, mas que para que este fosse alcançado, foi que até o
próprio Judas, contribuiu de certa forma para que isto ocorresse, conf. Sal. 41:9; Jo. 13:18; Atos 1:16...
Mas que, segundo Duquesne, o episódio de Mat. 8:28-34, Mc. 5:1-20, Lc. 8:26-39,
que trata do endemoninhado, que tinha em si, uma legião de demônios, de acordo
com seus estudos, retrata que um dos motivos foi justamente a questão
financeira, tendo em vista que aqueles das cidades vizinhas, não queria que
“Cristo” estivesse lá, por medo de que também perdessem seu meio de vida, seu
ganha pão. Bom! Sem considerarmos aqui os méritos da questão, principalmente no
caso de Duquesne e alguns detalhes que poderíamos abordar, mas fato é que, isto
é verdade, a própria “Escrituras Sagradas”, também nos deixa claro que por
inveja e ciúmes, “Cristo” foi perseguido, conf.
Mat. 27:18, Mc. 15:10 e em, Atos 7:17, vemos isto, a respeito dos Apóstolos, Atos
17:5, a respeito de Paulo e em Atos 13:45, a respeito de Paulo e Barnabé. Duquesne,
ainda nos fala das questões políticas e que, de alguma forma nos comentários
que coloquei, isto fica claro, portanto, não deixa de ser verdade, apesar de os
propósitos Divinos que “Cristo” tinha que cumprir, na verdade, não apesar de,
mas contribuindo para tal fato!
Porque, “DEUS” nem sempre atende
nossas Orações!?
Tiago 4:3 - “Pedis
e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.”...
Rogério Silva
IEADERN: 042574, 26.07.2005
(84) 99120-9471
Nenhum comentário:
Postar um comentário