Famílias e Relacionamentos

domingo, 16 de setembro de 2018


Os porquês, que “DEUS” nem sempre atende nossas Orações!
Part. 2-3



Amy sofria de nevralgia, uma doença dos nervos que deixava seu corpo fraco e com dores e muitas vezes a mantinha de cama por várias semanas. Mas mesmo debilitada ela ainda continuava de alguma forma com sua Missão!

Amy, muitas vezes, mesmo acamada, por estar muito debilitada, orava a “DEUS”, para que as pessoas da Índia aprendessem sobre o amor de Jesus, e suas orações tiveram tanto êxito, que sua história é lembrada até hoje, por muitos.

A cultura na Índia permitia que crianças fossem doadas para os templos hindus para trabalharem como escravas. Algumas famílias também abandonavam bebês meninas por causa da sua pobreza e por não terem meios de sustentá-las. Os meninos eram mais valiosos que as meninas, uma vez que podiam trabalhar para ganhar dinheiro para sua família. Os pais também tinham que pagar um dote para a família do marido das filhas que casavam, o que era difícil para as famílias pobres.)

O trabalho de Amy consistiu em resgatar essas crianças que haviam sido dedicadas a esses templos. Certa vez parecia que Amy seria realmente presa e mandada para uma cadeia indiana acusada de sequestro; ela teria que cumprir uma pena de sete anos. Mas Amy não foi para a prisão. Chegou um telegrama dizendo. “Caso criminal encerrado”. Nunca foram dadas explicações, mas aqueles que conheciam Deus suspeitaram que ele, “DEUS” havia interferido na decisão e de fato foi.

Durante a vida de Amy, mais de mil crianças foram salvas de negligência e abuso. Aqueles que haviam sido resgatados por ela, a conheciam como “Amma”, o que significa “mãe” em Tâmil. Seu trabalho era frequentemente perigoso e esgotante, mas ela nunca esqueceu a promessa do Senhor de protegê-la e os que estavam aos seus cuidados, conf. Atos 27:20-26.

Amy foi uma inspiração para todas as denominações no Reino Unido. Seus 35 livros descrevendo seus trinta e cinco anos na Índia, fizeram dela uma das missionárias mais queridas de todos os tempos. Seu caráter era a chave de seu sucesso para a evangelização mundial. “Tinha um caráter mais semelhante a Cristo que já encontrei”, afirmou Sherwood Eddy, estadista. Ainda afirmou: “… sua vida foi a mais fragrante, a mais jubilosamente sacrificial, que já conheci…”. 

Segundo consta em sua Biografia, Amy Carmichael, quando criança não entendia porque no meio de uma família onde, todos tinham os olhos azuis, ela tinha nascido com os olhos castanhos, somente mais a frente em sua vida, foi compreender os desígnios de Deus. Uma bela historia para aprendermos a ter fé em Deus, e coragem para enfrentarmos nossas dificuldades e desafios da vida. 


Adaptado por: Rogério Silva

Fontes de pesquisas:

- Extraído e editado de uma mensagem ministrada numa conferência do Comitê Nacional de Oração da América em janeiro de 2007 no Texas, EUA.

- SBernardelli em 01/08/2010
Reeditado em 13/05/2015











O Paralelo e Analogias Bíblicas!

Amados! Agora vamos ao paralelo e analogias Bíblicas com a vida de José, Filho de Jacó, usaremos sua vida como referência, pois na vida de José, “DEUS” nos mostra que apesar de suas atitudes permissivas, ou seja, de ele ter nos dado o livre arbítrio, portanto, em função de nossas atitudes, ou apesar delas, ele estar no controle de todas as coisas; apesar de nossas atitudes, que muitas vezes, são insanas! Lembrem-se! Apesar de “DEUS”, estar no controle de todas as coisas, ele não interfere em nossas decisões e isto, tem consequências, boas ou más, de acordo com as decisões que tomamos. Mas, amados! Lembram-se daquele ditado popular, propagado por muitos, principalmente no meio Evangélico, que diz assim: “Quando ‘DEUS’ manda, até o diabo obedece”, pois é, amados, é verdadeiro!


Amados! Percebam que, José foi vendido pelos irmãos, conf. Gên. 37:28, portanto este foi seu primeiro cativeiro, a primeira prisão, depois era escravo daqueles que o compraram, portanto, mais uma vez escravo e prisioneiro! E outra vez, foi vendido a Potifar, oficial de Faraó e capitão de sua guarda, conf. Gên. 37:36; 39:1 e em Gên. 39:20, ele foi mais uma vez lançado na prisão em, um cativeiro agora físico, mas vemos que, no verso 23, nos deixa claro que “DEUS” era com ele em tudo quanto fazia! Vemos ainda que, ele já era prisioneiro de Potifar, apesar de certas regalias, mas era um escravo, embora com privilégios, Graças a “DEUS” e suas atitudes diante dele, mas que mesmo assim tornou-se mais uma vez prisioneiro, ou seja, um prisioneiro, prisioneiro, pois já era um, mas que agora estava encarcerado, apesar de já ser prisioneiro! Foi uma prisão dentro da outra!


As “Escrituras Sagradas” nos mostra que José, era o mais querido por Jacó, entre seus irmãos, conf. Gên. 37:3, ora! Com certeza, isto não era do agrado do Senhor, primeiro porque, “DEUS”, nunca fez acepção de pessoas e nunca fará e muito menos de um filho(a) e segundo que, entre seus filhos, não havia esta atitude por parte de “DEUS”, veja que quando “DEUS”, rejeita a alguém é porque este alguém, não é seu filho, mas apenas sua criatura, ou seja, foi criado por “DEUS”, mas não se constituiu em seu filho, conf. 1 Jo. 3:1-3, 10; 3 Jo. 1:4 e em contraponto, mas corroborando, Heb. 12:5-8; 1 Ped. 1:14; 2 Ped. 2:14, ver ainda, Rom. 9:6...

Ah! Antes que se questionem, “DEUS” rejeita sim àqueles a qual não se dispõe a serem seus servos, a obedecerem as suas palavras! Conf. 1 Sam. 16:7; Heb. 12:5-8; Mat. 24:50-51, 25:32-33, 34, 41...

Sabemos que, por causa de algumas atitudes e ou comportamentos de um, ou outro filho(a), que o pai ou a mãe, identificam-se mais com ele(a), muitas vezes por ser mais responsável, como era o caso de José, além se ser o filho de sua velhice, por ser mais carinhoso, ou que tenha alguma característica sua, que os faça lembrar-lhes de algo e que, desta forma se identifiquem mais com ele(a); mas que devemos tomar cuidado, para não fazermos diferenças entre os mesmos!


Amados! Ao fazermos um estudo minucioso sobre a vida de José iremos tirar muitos aprendizados da mesma, percebam que de acordo com os conceitos mundanos, José era um fofoqueiro, assim como a Cloé e sua família, já vimos sobre ela em outro estudo! Pois de acordo com as “Escrituras Sagradas”, por ela estar sobre a Autoridade Espiritual de Paulo, falou-lhe de alguns que se encontravam em contendas, assim como José, que seu pai Jacó o punha, para de certa forma, investigar sobre as atitudes de seus irmãos, pois Israel; como fora depois, assim chamado Jacó, por “DEUS”, sabia, pois conhecia os filhos que tinha e ao José chegar lá, não os encontrou apascentando o rebanho, como temia seu pai, conf. Jó 17:12; Is. 5:20; Mal. 2:17; Am. 6:12; Lev. 27:10!...


Amados! Só um adendo, pois já falei sobre isto em outros estudos e ainda falarei mais! A fofoca se constitui, em alguém propagar uma conversa, história, seja esta verdade ou não, mas que o intuito é de apenas propagar, mesmo que, sem a intenção de prejudicar, portanto, são os propósitos quem a conceitua; mas que muitas vezes o próprio teor da conversa é danoso e se a intenção for mesmo de prejudicar, temos aí um agravante. Outra coisa! Quando há a intenção de corrigir, exortar ou ainda orientar, mesmo que este algo propagado seja mentira, mas não se constitui em uma fofoca, pois os propósitos são de corrigir e não propagar algo prejudicial. Pois fofoca é tudo aquilo que é feito “sem” o intuito de corrigir, reprender, consertar. Lembrem-se! Quando não há a intenção de fazer o que é correto diante de “DEUS”, ou seja, quando não existir esta intenção em nossas atitudes, qualquer coisa desta natureza, passa a ser uma fofoca.

1 Coríntios 1: 11 - “Pois a respeito de vós, irmãos meus, fui informado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós.”

Gênesis 37:12-17 - “Ora, foram seus irmãos apascentar o rebanho de seu pai, em Siquém. - 13 Disse, pois, Israel a José: Não apascentam teus irmãos o rebanho em Siquém? Vem, e enviar-te-ei a eles. Respondeu-lhe José: Eis-me aqui. - 14 Disse-lhe Israel: Vai, vê se vão bem teus irmãos, e o rebanho; e traze-me resposta. Assim o enviou do vale de Hebrom; e José foi a Siquém. - 15 E um homem encontrou a José, que andava errante pelo campo, e perguntou-lhe: Que procuras? - 16 Respondeu ele: Estou procurando meus irmãos; dize-me, peço-te, onde apascentam eles o rebanho. - 17 Disse o homem: Foram-se daqui; pois ouvi-lhes dizer: Vamos a Dotã. José, pois, seguiu seus irmãos, e os achou em Dotã.”


Amados! A parte da história de José, que nos importa, aqui neste caso, estar relatado a partir de Gênesis 42, José já Governador do Egito, quando ele se revela para seus irmãos, vejam o relato!

Gênesis 45:4-8 - “José disse mais a seus irmãos: Chegai-vos a mim, peço-vos. E eles se chegaram. Então ele prosseguiu: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. - 5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos aborreçais por me haverdes vendido para cá; porque para preservar vida é que Deus me enviou adiante de vós. - 6 Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega. - 7 Deus enviou-me adiante de vós, para conservar-vos descendência na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento. - 8 Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como governador sobre toda a terra do Egito.”.

Perceberam amados! Que quando “DEUS” manda até o diabo obedece, e tem mais, ele tem que fazer um trabalho bem feito! Pois é para “DEUS”, para quem ele esta fazendo e não para qualquer um!

Percebam ainda, que não só o sonho de José se realizou, mas que aconteceu de uma forma maravilhosa, grandiosa para salvar toda uma nação, a nação de Israel!


Amados! Não importa o que ou de que forma as coisas estão acontecendo em nossas vidas, se estamos em comunhão com “DEUS”, ele é por nós, não importa o que o inimigo quer fazer-nos acreditar, “DEUS”, vai sempre estar de nosso lado, ele sempre vai estar conosco e nos dar livramento! Conf. Núm. 23:19; Rom. 3:4...


Vejam amados que para conservar a vida, “DEUS”, permitiu que o mau que existia nos corações dos irmãos de José, se elevassem em ódio, assim como fez a faraó, como nos diz em Romanos 9:17!

Percebam amados! Que, este fato, apesar de não ter sido ceifada vidas, mas que, por si só, já esclarece a maioria dos “Cristãos”, que um policial, por exemplo, tem a autoridade que lhe foi conferida pelo Estado, para poder tirar uma vida, se ele achar que esta vida, esta colocando muitas outras em risco de morte; mas que tem sim, respaldo Bíblico, o Senhor nos diz que, toda autoridade foi estabelecida por “DEUS”, conf. 1 Ped. 2:13; Rom. 13:3! Existem ainda, muitas outras passagens que poderíamos abordar aqui, mas este não é o momento! Sei que é duro dizer isto e sei que muitos “Cristãos” não conseguem entender, principalmente depois que nos veio a Graça, mas acontece que, a “Dispensação da Graça”, assim como muitos entendem a respeito da “Lei” e da “Graça Divina”, não nos isenta de responsabilidades, seja esta, social e ou religiosa, espiritual; e que por não entenderem, questionam, como pode um Cristão pensar assim! Amados! Não podemos acrescentar nada ao que Cristo determinou, mas aquilo que ele não abordou, fica como esta no Antigo Testamento, assim também como, não podemos retirar nada!

Vejam!

De acordo com o Comentário Bíblico Esperança - Novo Testamento, Sobre Mateus 22:15-22, págs, 241/242, vejam partes do comentário.

Por isso, podemos captar para nós hoje como resultado dessa controvérsia o seguinte: A primeira pergunta, a única realmente importante, é “se damos a Deus o que lhe compete”, i. é, se o reconhecemos como o Senhor que se revelou a nós em Cristo, se todo o nosso agir está sob o sinal de que o mundo caminha para o seu fim, que a decisão já foi tomada. – A segunda pergunta é se e como esse nosso reconhecimento do reinado de Deus se torna visível em nosso comportamento na terra, nas ordens deste mundo. Devem ficar evidenciadas duas coisas: Primeiro, que saibamos que, nas decisões deste mundo, trata-se sempre de questões provisórias e passageiras, nas quais jamais prendemos nosso coração. Em segundo lugar, porém, igualmente deve ficar claro nas nossas decisões que as tomamos diante da face de Deus, ou seja, em responsabilidade diante da instância suprema, uma instância de cuja existência o mundo sequer tem conhecimento. Dessa maneira o nosso modo de agir será carregado sempre com menos paixão e maior responsabilidade que a dos que não são cristãos.”


Vejam amados! Que aqui, o comentarista ressalta a responsabilidade diante de “DEUS”, ou seja, que nossos propósitos, não sejam carregados de paixão, movidos por emoções; pois esta nos desvia da realidade, da verdade que nos cerca, nosso coração é enganoso, mas que sim, movidos sempre pela razão! Conf. Rom. 12:1, 10:1-2; 1 Ped. 2:2; Jer. 17:9...


Ah! Antes que esqueça, permaneçam acompanhando meus estudos, pois em alguns deles, eu abordo a questão das emoções, onde “Cristo”, orientando seus Apóstolos e Discípulos, a não se deixarem levar pelas emoções, que elas não tomem conta de seus corações e consequentemente, de suas vidas!


Vejam ainda, este outro comentário!

De acordo com o Comentário Bíblico Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo de Russell Norman Champlin, Vol. 3, Mateus a Marcos, sobre Mateus 22:21, em sua Pág. 532, lemos:

22:21: Responderam: De César. Então lhes disse: Dai, pois, a César o que é do César, e a Deus o que é de Deus.
«Responderam: De César». Júlio Cèsar foi o primeiro imperador romano a ordenar a cunhagem de moedas com sua efigie, e depois dele Otávio e Tibério seguiram o seu exemplo.
«Dai, pois...». A resposta de Jesus reconheceu o principio de que a aceitação de moedas dos imperadores era uma admissão de sua soberania «de facto». Mas as palavras que se seguem - ...e a Deus o que é de Deus»—ensinam que tal admissão não significa admissão de qualquer lealdade menor a Deus. A primeira admissão não interfere com o serviço mais elevado que se deve prestar ao grande Rei. De fato, é ideia de Jesus (posteriormente desenvolvida por Paulo no décimo terceiro capitulo de Romanos) que a obediência a governantes terrenos é, ao mesmo tempo, obediência a Deus, tal como o serviço prestado à humanidade é, ao mesmo tempo, serviço prestado a Deus. (Ver Mat. 25:40). Os governos terrenos surgiram por instituição divina. A resposta, naturalmente, deve ter deixado indignados os representantes dos fariseus, porque ela revelava claramente a opinião politica geral de Jesus, que era definidamente contra o nacionalismo radical, ao mesmo tempo que mostrou, de uma vez por todas, que Jesus não tomaria parte em qualquer revolta violenta para libertar Israel do domínio estrangeiro. A moeda provava que César era governador de, facto mas não necessariamente «de jure» (isto é, por direito de lei ética ou politica). César impunha o seu domínio pela força, e isso não podia ser considerado como «legal», do ponto de vista político ou ético, pelos judeus nacionalistas comuns. Por conseguinte, Jesus deixou entendido que a independência nacional não era o bem final, e que o patriotismo não combate necessariamente em favor de um valor ou virtude final. Os valores e as virtudes e os bens que podem ser considerados «finais», ou seja, pertencentes à ordem mais elevada possível, são as virtudes, valores e bens que só podem ser encontrados em Deus, na adoração e no serviço a ele e na conformação segundo a imagem de seu Filho. Esses alvos podem ser seguidos sem qualquer atividade política. Essa ideia era defendida por Jesus em comum com os profetas judaicos. Jesus não ensinou nem deixou, subentendido que o «reino de Deus» significava a restauração à independência israelita do domínio romano, embora isso é o que o povo comumente entendesse ao ouvir a designação reino de Deus. Jesus não tratava como necessariamente distintas as questões «seculares» e as «religiosas», porquanto é bem provável que para Jesus não houvesse tal coisa como questões seculares. Aquilo que se convencionou chamar de secular em realidade faz parte do quadro completo da atividade humana, que deveria estar inteiramente centralizada em tomo das considerações de Deus, das coisas espirituais, da busca espiritual. Jesus, no entanto, avaliava em graus diversos as diferentes atividades dentro da conduta da vida humana. As questões do pagamento de tributo, da independência politica, etc., simplesmente não eram importantes para Jesus, pelo menos quando parecia óbvio ao povo que somente uma revolução sangrenta poderia alterar- a situação. Jesus deixava-se conduzir por ideias acerca do reino de Deus, que consiste da influência de Deus entre os homens, dos valores verdadeiramente espirituais e do destino final das almas.
A resposta de Jesus foi sábia e caso tivesse sido ouvida, a destruição de Jerusalém, que ocorreu no ano 70 D.C., teria sido evitada, como também teria sido evitada a destruição posterior e ainda mais devastadora imposta por Adriano, alguns anos depois. Jesus nos ensina aqui diretamente a separação entre Igreja e estado, como muitos comentadores têm pensado, pois esse conceito seria inteiramente estranho para qualquer judeu, mas ensinou um tipo de separação de obrigações, estabelecendo prioridades. A questão realmente importante é espiritual. A obediência ao estado também é uma exigência espiritual, embora se situe em escalões menos importantes. Porém, embora menos importante, deve ser cumprida honestamente, sem esquivas. Essa passagem inteira tem provocado muitas discussões sobre as relações entre as responsabilidades religiosas e civis, problema esse mais amplamente examinado nas notas introdutórias a esta secção, no vs. décimo quinto deste mesmo capítulo*1, onde o leitor deve consultar as notas para obter detalhes maiores.


*1Mateus 22:15 - Então os fariseus se retiraram e consultaram entre si como o apanhariam em alguma palavra;

Mui provavelmente a atitude de Jesus se assemelhava à de muitas das autoridades religiosas dos judeus de seu tempo. O mais certo é que ele sempre tivesse mantido o ponto de vista mais estrito possível sobre a monarquia absoluta de Deus neste mundo, sem jamais ter dividido claramente o mundo em duas partes distintas; uma religiosa (para Deus), e outra política (para César). Isso teria obrigado os discípulos do reino a viverem uma existência dualista, algumas vezes para Deus e outras vezes para César. Nâo obstante, é necessário obedecer às autoridades (até mesmo as autoridades romanas), e com isso concorda a corrente principal do ensino rabinico. Muitas autoridades religiosas, dos dias de Jesus, eram pacifistas que não queriam imiscuir-se(tomar parte em, dar opinião sobre (algo) que não lhe diz respeito; intrometer-se, interferir, ligar-se intimamente; confundir-se, misturar-se) nas questões políticas. Jesus parece ter compartilhado dessa disposição, pois o fato que a pergunta sobre o tributo lhe tenha sido apresentada por diversas vezes sugere que os seus pontos de vista políticos não eram bem conhecidos, ou mesmo não eram conhecidos de maneira geral. Mas pode haver exceções acerca dessa obediência, conforme foi expresso por Israel Abrahams; «Pois embora assim preparados a obedecerem a Roma, sendo leais a todos os seus legítimos regulamentos, não poderia haver transigência(transigir, conciliação, contemporização, condescendência, tolerância) quando César infringisse a esfera que pertencia exclusivamente a Deus» (Studies in Pharisaism and the Gospels, primeiro sermão, pág. 64). Isso se assemelha à atitude que os cristãos primitivos apresentaram: «Então Pedro e os demais apóstolos afirmaram; Antes importa obedecer a Deus do que aos homens» (Atos 5.29).
Tanto para as autoridades religiosas de Israel como para os cristãos primitivos, geralmente era difícil encontrar solução para os problemas da obediência a Deus ou a César, porquanto o governo romano nem sempre se mostrava simpático, provocando muitas dificuldades de consciência. Algumas vezes surgiam mesmo divisões de opinião entre as autoridades religiosas, sobre o que se deveria fazer em determinados casos. Os crentes tiveram de enfrentar os mesmos problemas, especialmente durante tempos de perseguição. Não obstante, permanece de pé a regra geral. Posto que a consciência é o guia em todos os casos, os crentes devem prestar lealdade às autoridades civis. O pagamento de impostos era apenas uma questão, e Jesus se pronunciou de modo definido em favor disso. Esta instância, todavia, é expandida a fim de incluir outros tipos de «obediência», conforme é indicado pela declaração geral do vs. 21; «Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus».
Na história judaica nota-se que muitos se ressentiam da necessidade de pagar impostos a Roma, e por mais de uma vez rebentaram revoltas justamente sobre essa questão. Muitos judeus argumentavam que não era necessário nem desejável tal imposto, visto que em realidade viviam sob uma «teocracia1». Alguns procuraram pôr Jesus em posições embaraçosas ante as autoridades civis, insistindo que ele lhes desse resposta sobre a questão. Se tivesse respondido que deveriam pagar impostos, ele teria deixado indignada boa parte da população contra ele. E se sua resposta fosse negativa, cairia em dificuldades perante as autoridades civis romanas. Como sempre, Jesus não se esquivou, não retrocedeu e nem deu uma resposta de sentido dúbio. Simplesmente expressou a sua convicção. Sim, deviam ser pagos os tributos. Essa declaração talvez tenha sido um dos fatores que fez as multidões finalmente se voltarem contra ele, tendo-o rejeitado totalmente.
Jesus não tinha simpatia pelo nacionalismo radical, e é importante observarmos que ele não considerava isso como questão muito importante. Não queria que o seu evangelho estivesse associado ao derramamento de sangue que qualquer espécie de levante armado teria causado. Jesus se interessava, primariamente, e quase inteiramente, pelas correntes íntimas que são impostas pelo pecado. Roma acabou sucumbindo. Deus tem sua maneira de tratar com as nações, e os laços externos e políticos flutuam. Mas essa prisão intima está sempre bem presente entre os homens. Aquele que é libertado pelo Filho, fica realmente liberto. Ele veio a fim de livrar-nos da servidão interna.
«Retirando-se os fariseus...». (Quanto a notas sobre os «fariseus», ver Marc. 3:6; sobre os principais sacerdotes, ver Marc. 11:27; sobre os «escribas», ver Marc. 3:22; sobre os «saduceus», ver Mat. 22:23; sobre o «sinédrio», ver Mat. 22:23; sobre os «herodianos», ver Marc. 3:6; sobre os «essênios», ver Luc. 1:80 e Mat. 3:1; e sobre a comunidade de Qumran, ver Mat. 3:1).
«Consultaram entre si». Essa expressão é usada somente aqui, no N.T. É similar à expressão latina “consilum capere”, como em Mat. 12:14. O verbo significa «armar armadilha», e procede do substantivo grego «pagis», que significa armadilha. (Ver usos na Septuaginta LXX2, em I Reis 28:9; Ecl. 9:12; Testamento dos Doze Patriarcas, José 7:1). As autoridades religiosas planejaram pôr uma armadilha diante de Jesus, tal como faria um caçador que quisesse apanhar um animal feroz ou um pássaro.
MARCOS 12:13 (o paralelo desse relato) dá-nos a ideia de que o plano foi traçado pelo sinédrio, que enviara representantes do grupo dos fariseus, os quais vieram acompanhados por representantes dos herodianos. O trecho de Mat. 21:46 revela outro plano do sinédrio para silenciar a Jesus; mas, nesse caso, mediante a violência física. Por essa altura dos acontecimentos as coisas haviam piorado muito, e somente o aparente apoio do povo impedia as autoridades de já terem crucificado a Jesus. Ao enfraquecer-se esse apoio popular, Jesus não podia mais aproveitar-se dessa espécie de proteção; daí por diante, conforme também estava escrito a seu respeito, ele passou a ser um sacrifício para os mentores de uma religião falsa e radical. A essa altura eles desejavam apanhar Jesus numa armadilha com alguma «palavra», isto é, mediante perguntas astutamente feitas: o mais provável é que quisessem provocar Jesus a atirar-se a debater algum assunto controvertido, tal como esta questão que envolvia o pagamento de impostos aos romanos, o que era questão delicada para todo o Israel, incluindo as suas autoridades religiosas, que estavam divididas em torno do problema.”

1sistema de governo em que o poder político se encontra fundamentado no poder religioso, pela encarnação da divindade no governante, como no Egito dos faraós, ou por sua escolha direta, como nas monarquias absolutas, o Estado que tem essa forma de governo

2designação por que é conhecida a mais antiga tradução em grego do texto hebreu do Antigo Testamento, feita para uso da comunidade de judeus do Egito no final do séc. III a.C. e no II a.C.; teria sido realizada por 72 tradutores, donde o nome (por simplificação: LXX, em latim)  inicial ger. maiúsc.


Percebam amados! Que, mais uma vez aqui, o comentarista destaca que de acordo com o histórico, a cultura e literaturas da época, “Cristo” em momento algum, nos eximiu de nossas responsabilidades terrenas, muito pelo contrário, apenas nos orientou que ela fosse tratada com responsabilidades e propósitos estritamente Divinos e longe das emoções!


Amados! Quero destacar ainda, que segundo o Historiador francês, Jacques Duquesne; apesar de não gostar em nada, da forma como ele aborda à “Cristo”, mas não podemos simplesmente descartar a tudo, conf. 1 Tes. 5:21, pois seus estudos e pesquisas, de alguma forma, nos mostra detalhes interessantes que de certa forma, corrobora com os demais historiadores contemporâneos. Segundo ele, existiram alguns fatores fundamentais que contribuíram para a morte de “Cristo”. Sabemos que ele veio ao mundo com este propósito, mas que para que este fosse alcançado, foi que até o próprio Judas, contribuiu de certa forma para que isto ocorresse, conf. Sal. 41:9; Jo. 13:18; Atos 1:16... Mas que, segundo Duquesne, o episódio de Mat. 8:28-34, Mc. 5:1-20, Lc. 8:26-39, que trata do endemoninhado, que tinha em si, uma legião de demônios, de acordo com seus estudos, retrata que um dos motivos foi justamente a questão financeira, tendo em vista que aqueles das cidades vizinhas, não queria que “Cristo” estivesse lá, por medo de que também perdessem seu meio de vida, seu ganha pão. Bom! Sem considerarmos aqui os méritos da questão, principalmente no caso de Duquesne e alguns detalhes que poderíamos abordar, mas fato é que, isto é verdade, a própria “Escrituras Sagradas”, também nos deixa claro que por inveja e ciúmes, “Cristo” foi perseguido, conf. Mat. 27:18, Mc. 15:10 e em, Atos 7:17, vemos isto, a respeito dos Apóstolos, Atos 17:5, a respeito de Paulo e em Atos 13:45, a respeito de Paulo e Barnabé. Duquesne, ainda nos fala das questões políticas e que, de alguma forma nos comentários que coloquei, isto fica claro, portanto, não deixa de ser verdade, apesar de os propósitos Divinos que “Cristo” tinha que cumprir, na verdade, não apesar de, mas contribuindo para tal fato!


Porque, “DEUS” nem sempre atende nossas Orações!?


Tiago 4:3 - “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.”...


Rogério Silva
IEADERN: 042574, 26.07.2005
(84) 99120-9471

Nenhum comentário:

Postar um comentário